terça-feira, 1 de outubro de 2013

1/10/13 - CAPÍTULO 4 - O SACERDOTE QUE VIVE, por W. D. Frazee


(Capítulo 4 do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário”)



[28] Jesus não é somente o Cordeiro que morre por nós, mas Ele é também o Sumo Sacerdote que vive por nós. O que um sacerdote faz? Ele “é constituído para oferecer dons e sacrifícios” (Hebreus 8:3).
Não posso eu apresentar meus próprios dons? Não, um pecador não pode aproximar-se de Deus diretamente. “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isa. 59:2). No capítulo anterior (*capítulo 3º deste livro Resgate e Reunião Através do Santuário) vimos que o pecado pode ser espiado e o homem trazia de volta para Deus somente sangue derramado de um substituto inocente. Mas derramar sangue não é suficiente. Deve ser apresentado no santuário. Entretanto o pecador não pode fazer isto. Alguém tem que atuar por ele. “Todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados” (Heb. 5:1).
O profeta fala aos homens por Deus. O sacerdote fala a Deus pelos homens. Jesus veio do céu para representar Deus ao homem. Ele voltou ao céu para “comparecer por nós perante a face de Deus” (Heb.9:24).
O sacerdote que ministrava no tabernáculo terrestre servia de “exemplo e sombra das coisas celestes” (Heb. 5:8). Ao observarmos os seus movimentos discernimos em sombra representado o ministério de nosso grande Sumo Sacerdote acima.
[29] Levítico 4 relata diversos detalhes importantes concernentes ao trabalho de um sacerdote no antigo santuário. Note a sequência descrita nos verso 13 a 20. No caso de transgressão por toda a congregação os anciãos traziam um touro jovem ao altar no pátio. Ao eles colocarem as mãos  sobre a cabeça do novilho, o pecado era transferido em figura do povo para o substituto.  Agora o novilho precisa ser morto, mas era isto o fim do serviço? Não! O trabalho apenas começou. Note cuidadosamente o passo seguinte. “O sacerdote ungido trará do sangue do novilho à tenda da congregação, e o sacerdote molhará o seu dedo naquele sangue, e o espargirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu. E daquele sangue porá sobre as pontas do altar, que está perante a face do Senhor, na tenda da congregação; e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto, que está diante da porta da tenda da congregação” (Lev. 4:16 a 18).
O verso 20 faz o propósito disto bem claro: “O sacerdote por eles fará propiciação, e lhes será perdoado o pecado.” O derramamento do sangue do substituto, e o espargir deste sangue em frente do véu interior e nos chifres do altar de ouro proviam perdão. “Bem aventurado aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos” (Rom. 4:7).
Quando Deus perdoa o pecado, Ele o cobre com sangue, e “a vida de toda carne é o seu sangue” (Lev. 17:14). O sangue de Jesus representa Sua vida perfeita, e o sangue vertido mostra a vida derramada em sacrifício. No sangue vertido no santuário podemos ver o perdão do pecado provido por um Salvador que depôs Sua vida por nós. Assim, quando o Pai olha para você e para mim, Ele não vê as vestes sujas de nossa justiça, mas, ao contrário, a vida de Jesus.
Assim Wesley canta:

“Ergue-te minh’alma, ergue-te; sacode seus temores de culpa:
O sacrifício sangrento em meu favor aparece:
[30] Perante o trono meu Fiador está de pé,
Meu nome está escrito em Suas mãos.

“Ele vive para sempre no céu para por mim interceder;
Seu amor todo-redentor, Seu precioso sangue para suplicar;
Seu sangue foi derramado por toda a nossa raça,
E o esparge agora no trono da graça,”

Este serviço não só mostra que o pecado é perdoado e coberto pelo sangue espargido, mas também representa a transferência par o substituto. A vitima carregou pecado quando morreu. Então o sacerdote carregava aquele sangue portador do pecado para dentro do santuário, e o espargia em frente do véu, assim transferindo o pecado para o santuário.
No grande serviço antitípico, Jesus, nosso Substituto, morreu por nós, carregando nossos pecados. “O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos” (Isa. 53:6). “Levando, Ele mesmo, em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1ª Pedro 2:24). Mas Jesus não é somente nosso Cordeiro, Ele é também nosso Sumo Sacerdote.
Na cruz Ele morreu por nós. No santuário Ele vive por nós. “Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos Bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação; nem por sangue de bodes e bezerros, mas, por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Heb. 9:11 e 12).
[31] Vemos Jesus no Calvário morrendo por nós com nossos pecados sobre Ele. Então O vemos ressurgindo dentre os mortos e indo ao céu como nosso Sumo Sacerdote. Por Seu próprio sangue Ele entra no templo de Deus lá para cobrir nossas iniquidades com Seu sangue. Assim Ele transfere nossos pecados de nós para o santuário, da terra para o céu. “Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sal. 103:12).
Aonde estão os seus pecados exatamente agora? É privilégio seu saber isto. Por isto o Salvador morreu. Por isto Ele vive. Ou eles permanecem com você (aqui na terra), ou, através do sangue de Jesus, Deus os transferiu para o santuário celestial.
Culpa, temor, aflição, preocupação com os pecados, estão levando as pessoas a enfermidades. Milhões sofrem com úlceras, ataque do coração, ou crises de nervos. Se o fardo da culpa deprimem sua alma, traga seus pecados ao santuário e coloque-os sobre o Cordeiro de Deus. Confesse-os. Os dê a Ele. Deixe que Ele seja o portador dos seus pecados. Deixe que a morte de Jesus tome o lugar da sua morte.
O único meio pelo qual pecado pode ir para o santuário é o Sacerdote levando-os para lá, mas Jesus nunca tomará os seus pecados a menos que você os dê a Ele. Ele não vai arrancá-los de você. Se Ele coloca-los no santuário e cobri-los com Seu sangue, será por sua livre escolha de confessar cada pecado a Ele. Então você saberá pessoalmente que seus pecados foram “transferidos, de fato, para o santuário celestial” (O Grande Conflito, pág. 421). “Bem-aventurado,” sem dúvida, “aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Salmo 32:1).
Outra maravilhosa lição concernente à transferência do pecado aparece em Levítico 4:27 a 35. Aqui Deus fez provisão para trazer-se uma cabra ou cordeiro quando “qualquer pessoa do povo” (vs. 27) cometeu pecado. Após o pecado ser transferido para o animal por confissão, o substituto era sacrificado, e o sacerdote molhava seu dedo no sangue e o esfregava suavemente nos chifres do [32] altar das ofertas queimadas. A promessa de perdão aplicado neste caso exatamente como quando o sacerdote salpicava o sangue no lugar santo: “o sacerdote por ele fará expiação dos seus pecados que cometeu, e ele será perdoado” (Lev. 4:35).
Como este pecado penetrou no santuário? Quando o sacerdote não salpicava o sangue no lugar santo, ele comia uma porção do sacrifício (veja Lev. 6:25 e 26). Relativo a isto Moisés falou aos sacerdotes, “Deus a deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor” (Lev. 10: 17 e 18).
Similarmente, Cristo leva nossos pecados em Seu próprio corpo — não somente no calvário, mas no santuário celestial. Ele foi “oferecido em sacrifício a fim de que Ele possa carregar os pecados de muitos” (Heb. 9:28, versão Weymouth em linguagem moderna). Na cruz Ele portou nossos pecados como o cordeiro que morre. No santuário Ele os porta como o Sacerdote vivo. Por quanto tempo Ele os carrega? Nós responderemos esta pergunta ao estudarmos os próximos capítulos (*deste livro “Resgate e Reunião Através do Santuário”).


-Willmonte Doniphan Frazee




Willmonte Doniphan Frazee (1906-1996) foi graduado em ciência médica na Universidade de Loma Linda, e em evangelismo da saúde pelo legendário físico britânico John H.N. Tindall. Em 1942, o Pr. Frazee e um time de pioneiros de fé fundaram o Instituto e Sanatório Médico Missionário em Wildwood, perto de Chattanooga, no estado de Tennessee, onde médicos, enfermeiros, pastores, e membros leigos recebiam treinamento em evangelismo médico.
Em 1985 ele fundou um ministério de sermões gravados, inicialmente em fitas K7 e depois em CDs, com o nome de Pioneers Memorial [Memorial dos Pioneiros]. Milhares de sermões gravados são distribuídos cada ano.
Nos anos finais de sua vida, apesar da doença de Parkinson, ele ainda com clareza e afeição, até bem perto do dia de sua morte, continuou a escrever pequenas notas encorajadoras a seus amigos, geralmente incluindo uma fita K7 com sermões. Aqueles que ajudaram a fortalecer o ministério deste pioneiro creem que Deus o usou através deste ministério “PIONEERS MEMORIAL.”
Na contra capa do livro “Resgate e Reunião Através do Santuário” temos duas recomendações da pessoa do Pastor Frazee:
A primeira é do Pastor Mark Finley, Vice Presidente de Evangelismo da Conferência Geral, que, entre outras coisas, nos diz que “Quando eu o ouvi pregar senti que a mensagem dele vem do Alto Trono da Sala de Audiência do Altíssimo. Eu sabia que ele era homem de oração e que Deus impactou a sua mente. ... Suas mensagens são profundas, bíblicas, e comoventes.”
A outra recomendação é do Pastor Doug Batchelor, diretor da instituição de apoio à igreja Amazing Fact, ele diz, “Fiquei impressionado com o seu sincero amor por Jesus e profundo conhecimento das Escrituras.  ... Dois de seus livros que li tiveram profunda influência em minha vida. ... Eu recomendo de coração seus livros e suas mensagens.”
            Nós de Ágape Edições podemos lhe garantir que todo o livro é altamente prático para a purificação também do santuário dos nossos corações. Demonstra claramente como é possível permitir que Deus faça a Sua obra em nós para que Ele possa cumprir Sua lei em nosso viver diário (Testemunhos Para Ministros, pág. 92, 1º parágrafo).
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